quarta-feira, 11 de junho de 2008

Um critica em bom tempo da exposição “AUTO RETRATO” em comemoração aos 22 anos da BLUAP.

Um grupo de artistas revela na exposição Auto-retrato o que ainda está em segredo.
São auto-retratos de mulheres, rostos, cortes, gestos. Auto-retrato do olhar masculino frontal, penetrante ou enigmático.
Auto-retratos não deles ou delas mas apenas da cor, forma ou simbolismos do que imaginam ser.
Auto-retratos das máscaras belas ou introspectivas que usamos todos os dias. Auto-retratos de momentos vividos de desejos contidos de ilusões e farsas teatrais.
Auto-retrato da força e da fragilidade cristalina escondida sob a cor das máscaras. Todos os olhares se perfilam, se observam, se desdenham, se reconhecem, se amam.
Nenhum auto-retrato é suntuoso, querem apenas parecer simples, coisa de mortais, como se o auto-retrato fosse apenas um momento passado e necessariamente revelado de uns aos outros

Todos fazem um jogo de esconde-esconde. Onde a cor é subtraída aparece a forma. Onde o olhar se revela a intenção se esconde. Onde o simbolismo se expressa se esconde a razão. Onde tudo é escondido o nome é revelado.

Porque não apenas a foto 3x4? Porque o jogo do auto-retrato?

Porque do que vejo alem dos auto-retratos, revelo apenas o que já não é segredo.
Isabel Mir
junho/2008

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