Lágrimas do Itajaí
O peixe
triste
solta
lágrimas
imperceptíveis
nas águas
turvas
de garrafas pet.
Papéis
voam como pipas
em busca de um lugar
ao sol.
Sacolas, argolas, gaiolas e pneus,
juntam-se no balançar das águas do rio,
amontoados de coisas que produzimos,
inimagináveis,
rimos a rima sem nenhuma poesia,
não há lugar para as pedras no rio,
não há lugar para os peixes,
não há lugar,
não há lugar
para a vida.
Rodrigo Rafael Giovanella, (Kico).
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