(Foto: Mario Holetz)
A beira do mar
Nuvens vão crescendo
Com um rio de gestos brancos
Girando sobre a manhã
Na primeira hora
O sol de papel de embrulho
Desliza atrás dos olhos fechados
Que se impregnam de terra
O vento escorrendo imóvel
Agita nos bolsos das roupas penduradas
Geografias de lembranças
Diário e lento alguém caminha
Alem do sonho e da lua
Cantando coisas que não ouço.
Marinha
Marco Antonio Struve
A beira do mar
Nuvens vão crescendo
Com um rio de gestos brancos
Girando sobre a manhã
Na primeira hora
O sol de papel de embrulho
Desliza atrás dos olhos fechados
Que se impregnam de terra
O vento escorrendo imóvel
Agita nos bolsos das roupas penduradas
Geografias de lembranças
Diário e lento alguém caminha
Alem do sonho e da lua
Cantando coisas que não ouço.
Um comentário:
O vento frio seca as lágrimas frescas que a alma despeja sobre cinzas tardes... a garganta embarga com sons sibilantes que se espalham por entre galhos secos que erguem seus braços tentando atingir o sol escondido pelas nuvens... numa dança frenética os sons secos escondem o prazer da seiva que escorre pelas coxas e pelas entranhas... enquanto que o menino solitário empina sua pipa em terreno baldio. Vai-se a lágrima, vai-se a seiva, vai-se a pipa, vai-se o tempo, tudo levado pelo vento... Abraço amigo.
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