segunda-feira, 30 de julho de 2007

(Isabel Mir - Peixe / Escultura em aço)


NADA

Nada ficou
Alem do esperado
Ficamos calados
Olhares parados
Bocas fechadas
Tudo passou
As certezas
Os olhares fúteis
As falas inúteis
Agora é o fim
O esquecimento
Dos sentimentos
Das juras
Dos desejos
Das promessas
O futuro será
A solidão
O desalento
O desafeto
Dos olhares
Perdidos
Das palavras
Não ditas
Nada ficou

Isabel Mir/2006


Menção Honrosa nacional em Poema no 10º Premio Missões.

Um comentário:

Arian disse...

Nas construções e urdiduras, reencontar os laços desatados do tempo... presente reconstruído indefinidamente... o olhar aprisiona as tecituras sutis do construir artístico. Bj estalado do Arian em você grande parceira de outros tempos.