quinta-feira, 23 de agosto de 2007

(Mario Holetz)

Escravos de CARIJÓS

Antes de tudo
existia o nada?

Pensavam os europeus:
nada aqui existe,
a não ser o ouro,
a terra gorda,
solitária e triste.

Porém, o índio
já o habitava
plantando mandioca
pescava com arco e fecha
e não usava a minhoca.

Tornou-se escravo
na sua terra
sedento espaço
perdendo a esfera,
e a liberdade que antes tinha
foi um sonho,
aspirado pelo cipó,
dentro de uma pescaria.

Era Carijós
e sendo, DEUS tenha dó
porque tentando ser amigo
morreu num golpe só.

Aos tiros de espingardas, de imigrantes e bandeirantes, a caça foi caçada e os poucos que sobraram foram escravizados pela mão colonizadora. Que para evoluir teve que sacrificar os verdadeiros homens da terra, os pioneiros, “catarinas” do litoral sul, os Índios Carijós, que caíram pela inocência na palavra falsa do homem branco.





Rodrigo Rafael Giovanella (Kico) – Indaial –SC.




“Os Carijós por não terem malícia, nem serem arredios, e, além de tudo, darem crença a lábia dos brancos, foram escravizados e, aos poucos, exterminados”.

( Pág. 25). JAMUNDÁ, Theobaldo Costa; Os carijós lá nas raízes. Edição do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – Florianópolis-SC, 1987.


O cientista social DONALD PIERSON, no livro Cruz das Almas. Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, RJ, 1966, faz referência aos carijós nas páginas no 10, 11, 14 e 19.
Diz a página 10: “Carijó é o nome pelo qual os Guaranis foram conhecidos dos Europeus, tornando-se corrente esse último termo apenas no século XVII”.

( Pág. 23). JAMUNDÁ, Theobaldo Costa; Os carijós lá nas raízes. Edição do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – Florianópolis-SC, 1987.

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