segunda-feira, 12 de novembro de 2007

FAZER O NATAL

Por Luiz Carlos Amorim (Escritor e editor – lc.amorim@ig.com.br )

Natal chegando, esse tempo mágico de renascermos, de deixarmos nascer em nossos corações um Menino que nos trará fé e esperança, de mostrarmos que amamos nossas pessoas mais caras, dando-lhes carinho e presentes.
Mas há aqueles, menos privilegiados que nós, que precisam mais do que um presente simbólico: existem pessoas carentes, muito pobres, que precisam de tudo, até do alimento mais básico. Há crianças que nunca ganharam um presente, uma roupa nova, um par de sapatos novos. Parece exagero, eu sei, mas infelizmente não é.
Todos sabemos que as crianças, até certa idade, acreditam em Papai Noel. Sabemos, porque nós também acreditamos, por um período curto, talvez, mas acreditamos. Antes mesmo de saber o significado do Natal, as crianças ficam conhecendo Papai Noel. E até que acabe o encanto, até que o Velhinho perca a magia, que a criança descubra que não existe quem consiga dar brinquedos para todas os pequenos do mundo inteiro, ela acredita que os presentes que ganha na festa maior da humanidade são trazidos por ele, o velho Noel de roupa vermelha e barbas brancas, de um tempo frio que não combina muito com o nosso, mas que importa? É colorido e faz “Hou, hou, hou”.
Por isso, pedem coisas a ele, escrevem cartas endereçadas ao Pólo Norte e até colocam no correio. Pois são essas cartas, de crianças fazendo pedidos ao Papai Noel, enviadas também por adultos carentes, que os correios da nossa região resolveram colocar à disposição de quem quiser e puder atender um pedido. Não é maravilhoso? Restabelecer o encanto, resgatar a magia, poder provar que existe um Papai Noel em algum lugar, por que não dentro de nós?
E algumas pessoas vão lá e escolhem uma carta que possam atender – ou escolhem aquelas que precisam mais, porque essas cartas não pedem só brinquedos, pedem remédios, comida, um lugar para morar, etc. – e vão lá entregar, embora não vistam a roupa vermelha nem tenham barba branca.
Este é o verdadeiro espírito do Natal. Isto mostra que o Menino de dois mil e tantos anos está nascendo, mais uma vez, no coração dos homens. Que ele está entre nós.
Passe você também no correio mais próximo, qualquer que seja a sua região, estado ou país, e peça pelas cartas endereçadas a Papai Noel. Quem sabe não podemos devolver o espírito do Natal, o verdadeiro sentido do Natal a alguém?

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